Apresentação teatral busca interação em espetáculo poético e cheio de metáforas

O Departamento de Cultura da Prefeitura de São João, em parceria com a atriz e palhaça, Priscila Jácomo, apresenta o espetáculo “Cuidado Frágil”, no dia 29 (domingo), no teatro da Estação das Artes (Praça Rui Barbosa, nº 41 – Centro), a partir das 16h.

O projeto foi contemplado pelo Proac e será gratuito, com a retirada do ingresso com uma hora de antecedência no local do evento, contando com audiodescrição (recurso de acessibilidade para pessoas com deficiência visual).

Na história, a atriz interpreta uma professora do "pré-pré-pré-curso" do ensino básico e fundamental. Seus alunos são um grupo de ovos, todos com nome e características peculiares. Numa interação com o público, esse grupo de alunos é formado pela plateia: 12 pessoas recebem um ovo fresco, dão um nome para ele e o colocam em uma pequena sala de aula. Assim começa a trama em que traz questões essencialmente humanas, com aulas sobre a vida, o amor, as relações, os afetos, as perdas, as descobertas, as frustrações e outros sentimentos diversos.

No dia 28 (sábado), a artista ministra a oficina “Aprender a Errar: a Importância do Desimportante e o Olhar do Palhaço”, também gratuita, aberta à população acima de 18 anos, a ser realizada no teatro da Estação das Artes, das 14h às 18h.

Nesta atividade, a artista vai compartilhar sua pesquisa sobre o sentido das trapalhadas para a humanidade, contar sobre seus encontros com “bobos e bobas sagradas”, de diferentes povos indígenas e revelar o quão importante pode ser um tropeção.

A oficina é indicada para qualquer pessoa interessada em viver um bom encontro com seus “desajustes”. A oficina tem vagas limitadas e as inscrições podem ser feitas através do email [email protected].

Sobre a apresentação, Priscila destaca que “trata-se de uma pesquisa inédita na linguagem do palhaço, do improviso e da interação com a plateia, com um espetáculo poético e cheio de metáforas. “Ovos que não se cabem e precisam virar outra coisa, representam pessoas que crescem e se transformam”.

“O encontro com a plateia e o improviso definem o espetáculo”, frisa a atriz. “Há uma busca por uma autenticidade e verdade na relação com o público de forma a criar uma peça em que o espectador é o terceiro criador. Com isso, se torna algo não somente para ser visto, observado e apreciado, mas algo a ser experimentado, vivido e compartilhado, como a vida. Um teatro que se cria no ato da criação”, destaca.

Priscila Jácomo é palhaça, atriz e dramaturga. Participa do projeto “Palhaça Cacica do Povo Parrir” e “Aprender a Errar: a Importância do Desimportante e o Olhar do Palhaço”, que promove o encontro de palhaças e palhaços da cidade com “fazedores de riso” dos povos indígenas. Dirigiu, junto com Melquior Brito, os documentários “A Alegria da Terra” e “O Riso da Mata”. É mestranda em Humanidades, Direitos e outras Legitimidades pela FFLCH-USP e pesquisa o sentido das trapalhadas e dos seres atrapalhados para a humanidade.